Sonhei com você. Foi na noite passada. Você usava um vestido azul turquesa bem curto, sapatos de salto fino e o cabelo preso bem no topo da cabeça. Eu sei, parece mais uma bailarina do Faustão. Mas era você. Sem pele, sem osso, só encantamento. Você dançava sozinha, olhava para mim. Você se entregava ao silêncio de uma sala de espelhos, enquanto eu gritava emudecido. Você dançava para mim enquanto eu ia do céu ao inferno dezenas de vezes. Eu ali e você de novo. Um rodopio, uma quebrada de quadril e eu já não era meu. Acordei buscando o telefone para te ligar, quando lembrei que já nos perdemos há muitas rotações. Seria estranho marcar um café? Seria estranho segurar a sua mão? Seria estranho dizer que, mesmo depois de ser, o amor ainda é? Não quero acordar.
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