Meus dedos se descontrolam no papel, numa rapidez que só fui capaz depois de você. É tanta coisa que eu quero te contar! Mas antes disso, eu começo a pensar: do que me adiantaria todas essas palavras se eu não te escrever? Se não tivesse você, como seria? Ai, não me diz. Que até as palavras somem. Que até o vento para. E o carteiro se chateia. O sol se põe mais cedo e a chuva aparece sem ser convidada. O dia até se esconde por detrás do morro, dentro das casas. O tempo rompe o pacto com o verão e vira inverno. Ai, não me diz. Que se isso você me fala, a carta se acaba antes do fim, sem ponto final
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